
Uma
grande extensão que envolve regiões de rios, várzeas, e estradas forma o
território eclesial da Diocese de Santarém. Essa dimensão envolve
vários municípios, indo do município de Aveiro, no rio Tapajós, até
Almeirim, no rio Amazonas. Mas antes, a então Prelazia de Santarém foi a
maior em extensão territorial do mundo. Dela surgiram mais quatro
prelazias.
Santarém tem sua história pautada no catolicismo, como
era comum, pelas missões que acompanhavam os desbravadores. Há registro
de presença religiosa desde o final do século XVII, com a criação da
Missão do Tapajós, mas o catolicismo se estruturou mais no século XIX,
quando a então Prelazia de Santarém desmembrou-se do território eclesial
da Diocese de Belém.
A criação do Vicariato Geral do Baixo
Amazonas, em 17 de agosto de 1821, pelo bispo do Pará Dom Romualdo de
Souza Coelho, foi o primeiro passo para que Santarém ganhasse maior
autonomia. Foi em 21 de setembro de 1903 que o Papa Pio X criou a
Prelazia de Santarém, a maior do mundo, com 794.323 km2, à época com uma
população em toda a sua extensão em torno de 200 mil habitantes e
dezenove paróquias, que eram assistidas por apenas doze padres.
Uma
curiosidade nessa história é que o primeiro bispo foi um religioso
nascido em um pequeno vilarejo às margens do rio Tapajós. Era o cônego
Dom Frederico Benício de Souza Costa, que nasceu na vila de Boim. Coube a
ele administrar toda a extensão territorial que se estendia até o Amapá
e ao Xingu.
Os desmembramentos ocorridos posteriormente
proporcionaram uma melhor divisão configurada hoje. A primeira divisão
foi em 1934, com a criação da Prelazia do Xingu (Altamira). Depois, em
1949, foi criada a Prelazia de Macapá (Amapá). Posteriormente, em 1957,
surgiu a Prelazia de Óbidos, e, por fim, em 1998, criou-se a Prelazia de
Itaituba. Agora, as discussões dos últimos anos é sobre a necessidade
de se criar mais uma prelazia nesta região que seria, possivelmente a de
Monte Alegre.